Elisa Reis tenta fazer um diálogo
entre as obras de Durkheim e Weber. Esse diálogo é quase inexistente dentro das
ciências sociais embora os esforços para uma multidisciplinaridade estejam em
voga. As abstrações do humano são estudas, segundo a autora, em fatias: na
psicologia, na antropologia, na sociologia, etc. Ainda assim, no final deste
milênio ganharam uma revalorização o ensaísmo e o generalismo, entrando solo
fértil na tradição bacharelesca intelectual. As ciências sociais dizem respeito
ao mundo da cultura e estarão eternamente condenadas a perpétua “imaturidade”.
A autora questiona quem seria o
sujeito contemplado pela sociologia. Dahrendorf em 1973 tentou uma solução um
tanto frustrante, fragmentando o homos sociologicus no interior da própria
sociologia. Assim, o humano seria um apanhado de representações, sem face.
A abstração típica da sociologia
fica a cargo do homem durkeimiano e do homem weberiano. A lógica econômica que
perpassa a razão dos diversos homines tipificados pelas ciências sociais se
comporta de forma análoga ao homo economicus.
O economicismo impregna todo o
nosso raciocínio e impõe a abstração do homo economicus como referencial para
as mais diversas disciplinas. Podemos citar como exemplo os estudos de Mary
Douglas e Baron Isherwood sobre o consumo e sua crítica ferrenha ao
utilitarismo na célebre obra “O Mundo dos Bens: para uma antropologia do
consumo”.
HOMEM SOCIOLÓGICO DE DURKHEIM
– é um ator que se conformaria às determinações do
social.
- ao se focalizar exclusivamente no impacto das condições
sociais sobre os indivíduos ele se esquece de focalizar as maneiras como os indivíduos
interpretam, assimilam e respondem às condições sociais.
- Durkheim se
recusa a aceitar as premissas individualistas, pois ele identifica o individuo
no âmbito coletivo.
- é a sociedade que cria os indivíduos
- minha própria interpretação nesta prova seria um fato
social e deveria ser tratado como uma coisa produzida pela sociedade.
HOMEM SOCIOLÓGICO DE WEBER
- o homem social é dotado de comportamento significativo
- o homem social é dividido em fatias analíticas:
religião, economia, política, etc e a questão disciplinar é apenas um recurso
estratégico da atividade científica.
- o modelo weberiano, como de Durkheim, critica o homo
economicus.
- para Weber o próprio homem é responsabilizado perante a
história de seus atos.
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