Weber parte de três questões fundamentais
para a prática científica
1. A
distinção entre juízo de valor e realidade empírica
2. A
crítica às ideias das “leis” e “conexão regular”
3. O
significado da validade objetiva ou do “tipo ideal”
A DISTINÇÃO ENTRE JUIZO DE VALOR E REALIDADE
EMPÍRICA
Primeiro passo para uma
investigação cientifica é o afastamento dos juízos de valor, o que para
Durkheim seriam as pré-noções. Isso não quer dizer uma postura indiferente ao
mundo. Juízos de valor para Weber são opiniões pessoais, são impressões da realidade
e nada tem de objetividade. Há uma preocupação em Weber em declarar o juízo de
valor no campo das crenças, sem validade objetiva. Pois para ele é dever da ciência
esclarecer os caminhos que foram percorridos até chegar ao resultado obtido. O juízo de valor tenta, às vezes, esconder
elementos que são incômodos, o que Carl Sagan chama de pseudociência. Um juízo de
valor se situa no plano da emoção para com a realidade, é um mecanismo
opinativo.
O saber científico metódico,
sistemático opera na busca de ver a realidade como ela é. O saber objetivo
opera com pressupostos reconhecidos por toda a comunidade acadêmica.
CRÍTICA AOS MODELOS DE LEIS E CONEXÃO REGULAR
Ao comprar objeto e método das ciências
sociais e naturais da natureza encontramos leis de determinadas relações
casuais. Para Weber, os problemas culturais que regem a humanidade nascem a
cada instante sob um aspecto diferente e variável. Não há como pensar em
determinações já que os cursos e as ações são improváveis. A única lei que
podemos formular é que não há lei. Weber assinala que o cientista social
trabalha com padrões de regularidade e não com leis.
O SIGNIFICADO DA VALIDADE OBJETIVA OU DO TIPO
IDEAL
Weber é enfático ao discorrer
que não há uma total objetividade da vida cultural que possa ser empregada
através da análise científica, sempre há o elemento da parcialidade nas análises
sociais. Então qual é a lógica que se fundamenta e se estrutura nossa ciência? A
resposta de Weber se fundamenta na construção do tipo ideal como recurso
metodológico capaz de se esquivar dos juízos de valor e da subjetividade. O tipo
ideal é um conceito racional construído através das ideias, com a finalidade de
comparar a realidade. A finalidade do
conceito de tipo ideal é tomar consciência não do que é genérico, pelo
contrario, mas das especificidades dos fenômenos culturais.
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