terça-feira, 2 de novembro de 2010
Ao Rio
Pão de Açúcar do café, almoço com filé
Cristo nosso de cada dia, choro e noite
Leblon de todos Odeon
Teatro Municipal de mármore e cor
Fantasia, música, orquestra e nossa festa
Chuva que lava nossos passos na areia, desaparece a marca das botas
Brota a cada gota o nosso amor
O sol se escondeu de nós
O pôr se pôs sem ver
Mas o sol brilha atrás das nuvens
Ipanema de poemas
Rio de Janeiro, Setembro, Outubro e Novembro
Rio que sempre terá mais mar e sal, sol e sul.
Controle Remoto
a palavra LIBERDADE existirá somente na escrita de todos que sobreviverem.
A inteligência humana racionalizada pelos códigos do inimigo será o trunfo das trevas
Tudo será queimado, aniquilado e varrido. As emoções serão CONTRA-bandeadas.
Todos ansiarão uma lágrima
A emoção será a moeda do futuro
Sem fluoxetina
Sem adrenalina
Sem serotonina
Há um controle remoto para acessar teu SUB-consciente
Teu cérebro é um mapa digital
Teus instintos são coordenadas geradas
E o que chamamos de evolução é o golpe final
Uma única tecnologia
Um único governo mundial
Um único controle
(Extermínio dos pobres e famintos)
Fantasma no plasma.
Sem visceral e antagônico
Sem explosões e paradigmas
Apenas uma lei
ELES ESTÃO QUASE LÁ
O sistema te convence
O sistema te anula
O sistema te impõe
E você aceita.
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O céu é de papelão.
A morte virou batata e bagatela na tela.
Os direitos humanos são recriados e sufocados.
SAIA DAQUI, INVISTA O TEU DINHEIRO E COMPRE UMA ILHA
NA MELHOR DAS HIPÓTESES PODERÁ PASSAR O FIM DA VIDA SENDO VOCÊ MESMO
COMA PEIXE SE ELES EXISTIREM
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SAIA DAQUI, DESTA TERRA ESTÚPIDA, RÁPIDO!!!
VÁ DORMIR!!!
AMANHÃ É 10 ANOS ANTES OU DEPOIS, TANTO FAZ
TODOS SÓ QUEREM UM AMANHÃ PARA SEREM CONTROLADOS
NÃO AGUENTAM SUAS PRÓPRIAS VIDAS
SSAALLVVAAÇÇÃÃOO: ENCONTRE O AMOR
ENCONTRE O AMOR.
Marta Morte Mar
O jantar está podre, mofado, cheirando mal.
O mal. Morte.
E se o mal se transformasse em alguém que não possui a morte?
Assim é Marta. Morte. Marte. Mar. Morto.
Jantar eterno.
A geladeira emite ecos sombrios.
Meia luz é de total pânico.
A trilha sonora de Chopin faz arrepiar os mortos-vivos.
No lugar que Marta habitava somente há cadeiras.
Baixas e vermelhas, iguais ao sangue da morte no jantar servido.
O jantar está com vermes e há vida se mexendo, se retorcendo em meio ao prato branco.
A cozinha está vazia.
A sala está vazia.
O som está ligado e Chopin está no replay.
Não há ninguém para comer.
Os vermes comem o jantar da morte.
Tudo acabou e não há ninguém.
O vinho apodreceu e não houve salvação.
Não há ninguém para culpar.
Não há ninguém para morrer.
Não há ninguém para viver.
Só há Chopin tocando a morte.
Marta Morte Além-Mar.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
69
0,5762308
13 15 58
4 6 13
10 4
14
5
15 : 26
^
12 56 - 3|| -> 5 |
-
-
-
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56 12 = 14 -> 5
1256 = 44 = 8 §
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15 26 = 4 ----
Vazio do in-verso
Ímpares relâmpagos
Força criadora do movimento
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_______ _____ __ __ (KKIEN 01)
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__ __ ________
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(SUI 17) 17 + 18 + 25 = 70
Trovão da matemática louca
(KU 18)
Atravessar o infinito da descoberta
O céu!
(U UANG 25)
O Céu!
12
-6
15:26
6
9
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Mesa de bar
William Blake é filé mignon
Rimbaud é salmão
Oscar Wilde é queijo
Nietzsche é champignon
Allan Poe é bacon
Dostoiévski é churrasco
Ana Cristina César é comida vegetariana
Goethe é sal
Gibran Khalil é açúcar
Brecht é pão
Manuel Bandeira é azeite
Paulo Coelho é o mofo
Nelson Rodrigues é a sobra
Augusto dos Anjos é azeitona
Manuel de Barros é fruto do mar
Pablo Neruda é maçã do amor
Gabriel Garcia Marquez é algodão-doce
Shakespeare é grelhado
Van Gogh é mostarda
Picasso é picanha
Salvador Dalí é pão com manteiga
Sartre é defumado
Rousseau é arroz
Arnaldo Antunes é feijão
Pasolini é ravioli
Kerouac é xis
Jim Morrison é whisky
Villon é panqueca
Baudelaire é a mesa
W.B. Yeats é avelã
Fernando Pessoa é torta fria
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(Leblon - set 2010)
domingo, 11 de julho de 2010
Até quando
Levo a vida sem a leveza do ser
Levando o olhar sem ver
Seguindo o caminho sem fim
Fim que um dia espero
Sinto o gosto amargo da ilusão
Ouço calar meu coração
Meu silêncio e minha razão
Até quando...
Vida que escorrega pelas mãos
Sinto o frio do dia
Chego no ponto de partida
Parto sem nascer
Até quando...
Tenho que lutar a cada hora pela vida de um dia
São armas que estão descarregando
O fogo se cruzando
A faca sem fio
O dia está terminando
Até quando?
domingo, 20 de junho de 2010
Dissonante Uníssono
Quando o nada reviver no passado de glórias pensará no por vir de outrora.
A lua pede um pouco de glória massacrada. O verde estrelado, prateado, o nunca de agora.
Aos que vivem sem vontade, há clemência na sinceridade morta, rascunho em branco de uma vida sem história.
Quando tudo parecer o que deveria nascer, soletro a insanidade aguda das palavras caladas, decifro a mente dos inquietantes literários mortos.
Quando tudo indica nada indicar, mostro a curva da estrada que insiste em não levar a criança perdida.
As guerras do globo de cima, aos lobos do globo debaixo, ao gelo do globo de cima, ao calor do globo debaixo. Luz e trevas acompanharão os que deixaram de ser ontem.
Quando tudo parecer velho mostre a flor.
E quando a flor parecer morrer mostre a terra.
E quando a terra não existir mais, somente haverá o céu e as estrelas.
Quando tudo desaparecer dessa vida, apenas lembre-se da existência dos famintos.
E quando famintos não estiverem mais, brinde a água, a fonte, a correnteza que leva.
E se nada mais levar nessas linhas, acerte as vírgulas e os pontos.
Os pontos que ditam o final, a pausa, o engano, a verdade.
Acerte tudo que puder, acerte todos os pontos e ganhe pontos.
E se o final vier com erros, conviva com as arrumações de uma vida escrita.
E se não souber perdoar, reviva e revire a alma.
E quando tudo não passar de alma, você ainda estará vivo sobre o tom.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Periférico Isotônico
Das moléculas que repartem a solidão no vento faz a Terra tremer
Ânions, cátions
Perde-se o tudo e o nada nesse íon de idas
Cargas positivas? Nem aqui nem na China
Só barriga da Iana faminta
Qual átomo perde elétrons?
Os elementos químicos só na esquina da periferia
Ionização sem noção
Na casinha dela só radiação alfa, todo carregamento das energias
Plasma, não TV
Gás ionizado
Valores que não são constantes - perféricos amantes
A relação é afetada pela química
Iana Íon
Tabela periódica na mesa, filho na cadeira
Parteira - raio atômico
No suor do nascimento
Maltodextrina
domingo, 13 de junho de 2010
Feliz Dia dos Ex-Namorados
De quando preparava suco e esquecia do açúcar
Do cheiro de queimado do feijão na panela de barro.
Lembrar e relembrar e dar vivência a paciência de querer voltar
é ser sábio em calar.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Motivação ao nada
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Paralaxe (Slavoj Zizek)
domingo, 16 de maio de 2010
My Blueberry Nights
As vezes dependemos das pessoas como se fossem espelhos para nos definirem e nos dizerem quem somos nós. E cada reflexo faz gostar um pouco mais de mim. Com carinho Flora.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Verde esperança
que tem na terra seu encanto
e na chuva tem seu pranto.
Ao celeste azul do céu
eleva um olhar de prece.
Pede clemência, piedade
E ao Deus de boa vontade
comida a quem tem fome
e paz na guerra do homem.
O botão da rosa que nasce
abre o vermelho da tua face.
Não quero vergonha
apenas tua verdade.
Ave as Mães Marias do mundo
Pai Nosso que rogamos ser de todos nós.
Sete são os pecados.
É morte ou nascimento
Redenção ou sofrimento.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Saudade do futuro
Como vou sentir saudade do que nunca foi?
Como vou sentir falta de alguém que nunca amei?
Como vou sentir saudade do ano que vem?
Nexos desconexos
Mas sei, que quando tudo passar, sentirei falta
Estranha sensação de falta, como a sede que nunca passa até descer a água gelada
É como parar com o vício que nunca tive
Ter abstinência que nunca senti
É a falta de alguém que nunca tive
É como saber tocar violão sem saber uma nota sequer
É a saudade que vai e que vem do que nunca soube
É a vida vivida em trailers de filmes inéditos
É o escape da moto que nunca rodou
Como sinto saudade!
É como falar inglês sendo mudo
Traduzir russo sendo surdo
Como envelhecer sendo jovem
Como regressar sem partir
Sem pátria, sou martir
Sentir saudade de quem nunca tive é dar cheque-mate sem derrubar a rainha
É como jogar cubo mágico com uma cor só
Cansei de ser quem eu serei
Cansei de colher a flor que não plantei
Cansei de recolher a roupa que não lavei
Mesmo assim, tenho saudade do futuro
Tenho saudade de quem eu nunca fui
Tenho saudade de quem eu nunca amei.
segunda-feira, 29 de março de 2010
EFEMÉRIDES
Sou um corpo celeste invisível.
Posso explorar meu sideral, meu satélite, minhas fases com meu óculo. Posso inventar um novo telescópio refrator e conseguir observar atentamente passos na minha rua, a Nebulosa de Oríon e Andrômeda, e ainda, umas quantas variáveis e distantes estrelas reconhecidas já pela ciência.
Agora revelo meus estudos na astrofísica.
O princípio fundamental da análise espectral.
Posso depender da tua equivalência de emissão e absorção.
Usando meu telescópio, constatei de fato que as estrelas são feitas dos mesmos elementos encontrados na Terra. A química das estrelas é comparável a do Sol, pois seu estado físico é considerável de diversidades indicativas. Então, posso ser uma estrela.
Você também.
Hum... a morte dos segundos....
As antigas civilizações tinham idéias interessantes sobre o universo, e eu? Uso de técnica desconhecida para fazer minhas ligações.
Introduzo um sistema de constelações de origem não conhecida. Estou sozinha nas noções desse tempo, mas consegui estabelecer a ciência em progressão.
É surpreendentemente exata para o propósito que se destina, das efemérides anuais, eventos celestes esperados como aniversário.
Já na astronomia sideral, digo que no reino da gravitação das estrelas binárias, você fica com a sua e eu com a minha, sim, porque existem três ou quatro estrelas que giram em torno de apenas uma. Não vou girar por você, nem com você e nem perto de você. As estrelas múltiplas constituem por incrementos progressivos, a sua órbita complexa.
Posso no máximo pegar teu endereço depois...
Todos podemos ser estrelas variáveis já que alguns não possuem brilho próprio.
Algumas dessas estrelas são aparições temporárias que aparecem vindas quase do nada, e “explodem” em luminosidade e “apagam-se” lentamente até quase sua extinção.
Meus empreendimentos práticos foram, no entanto, ultrapassados e defasados diante uma coincidência de números.
O plano geométrico do meu sistema foi assim exposto com uma intuição magnífica. Mas o seu verdadeiro significado foi reservado a um Estranho.
Contudo, a lei da gravidade me salva, dizendo que cada partícula de matéria atrai outra com uma força diretamente proporcional a sua massa, e inversamente em versos à distância.
Na ausência de provas suficientes, fico num estado de equilíbrio dinâmico mapeando a existência de um massivo corpo, orbitando em meu universo.
A distância entre dois corpos celestes pode ser medida pelas mudanças aparentes nas posições quando vistas de diferentes pontos de observação.
Então, a medida da nossa distância só pode ser subentendida pelo ângulo que quero. Mas este ângulo é infinitesimal.
Por isso cerca de poucas estrelas teriam boas dimensões.
quinta-feira, 25 de março de 2010
QUÍMICA (uma variante do amor)
Minha fusão termina quando começa a ebulição dos meus sentidos.
Eu posso ser simples, um átomo em sua porta. Uma Flora clara de cloro cl2.
Sei que nada sei dizendo que átomos se unem em suas diferenças compostas.
A água não é mais água, agora virou H2O.
Mesmo assim a união vale a pena mesmo nas diferenças homogêneas e heterogêneas dos sonhos.
Não precisamos ver as matérias, mas o interior de um sistema.
Se até as substâncias podem ser puras e simples, porque não a gente?
E mesmo pura quando mistura há os dois lados.
Descobri que entre duas pessoas pode haver uma relação monofásica e bifásica, podendo haver uma condensação conforme o tempo ou solidificação.
Às vezes me vêem como uma mistura azeotópica: 96% de álcool etílico e 4% de água destilada, pra ser uma loucura pancada.
Somos especialistas nestas misturas. Minha respiração, combustão se resume ao fenômeno químico de análise elementar?
Nossa separação é magnética depois de uma possível levitação, tamisação e catação de seres.
A distância será nossa flotação podendo ter uma variante ou cristalização, ou ainda, dissolução fracionada.
Precisamos agitar, aquecer e também diminuir a pressão.
Sou uma substância química com nome, símbolo e toda atomicidade
sábado, 20 de março de 2010
Beethoven
As vibrações no ar são o sopro de Deus falando a alma dos homens
Música é o idioma de Deus
Os músicos são aqueles que mais se aproximam de Deus
Eles ouvem a sua voz e leem os seus lábios
Eles dão a luz aos filhos de Deus que o glorificam
Os músicos são assim
Se não forem assim, não serão nada
Van Gogh
Velhas histórias roucas, velhas e tolas brincadeiras infantis. Vou para o mar casar a onda com a lua de prata. Vou vestida de flores ver as rosas orvalhadas. Vou ver você dormir. Será meu anjo na janela, minha borboleta amarela, minha lembrança de aquarela. Te sinto como essência da alma, livre. Me inspira como linhas sem soltar você de mim, assim sem fim. Natureza que liga e caminha, perdida por ai. Escondida por ai. Está demorando para acordar, cai da cama. Leva um susto. Volte a sonhar, rápido! Louca numa peça de teatro. Monólogo impróprio.
Foco naquilo desfocado que não sabemos o nome. Nossa viagem ao frio caminha sempre na primavera, estação minha e tua. Na avenida correndo da chuva, almoçando e rindo. Ficar sem fazer nada fazendo nada. Soltos pelo ar e respiração eu te conheço dentro do meu coração.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Day
Os meus vazios cheios
De tanta filosofia quero água morna Correr na grama para longe de gente morta Invisíveis olhos negros, pérolas negras Me levem daqui, lon...
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Elisa Reis tenta fazer um diálogo entre as obras de Durkheim e Weber. Esse diálogo é quase inexistente dentro das ciências sociais embora o...
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Como posso sentir falta de alguém que nunca tive? Como vou sentir saudade do que nunca foi? Como vou sentir falta de alguém que nunca amei...