De tanta filosofia quero água morna
Correr na grama para longe de gente morta
Invisíveis olhos negros, pérolas negras
Me levem daqui, longe daqui.
De tanta sociologia quero pacífico almoço
Alvoroço de placas e bandeiras sem vento
Incontáveis reproduções já processadas como a carne espancada
Me leram errado, sem sentir.
De tanta antropologia fiquei sem tribo
Nem trigo, nem figo, nem nada
Paralelos melindrosos chorando em círculos
Sem relações, um dia já fui eu sem mim.
Sem nada comunicar eles seguem
Avessos à verdade e cheios de periculosidade
Jornalistas costurados com buracos na mente
Sem ação e reação, apaguem a tela, desliguem o estabilizador.
Nem link nem local
Sem opções de salvamento
Me resta publicar para visualizar.
A vida em bits, longe daqui.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
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